quarta-feira, 14 de março de 2018

Calado e Persistente



Desconfio que não é claro o que restou de ti, o que esteve na minha mão. Menos claro então é a possibilidade de veres ainda que até disso mesmo eu me quis ver livre, porque para mim, com muito ou nenhum juízo, depois dos sucessivos soluços de pessimismo, nunca fez sentido de outra forma. Inexplicável ainda hoje eu ver este  calado e persistente desejo de não ser esquecido a fazer braço de ferro com a vontade de te excluir dos meus dias. Leva me as vezes a querer que sou eu que sinto o peso do que levas te, do bem que te quis, do bem que te quero... Será que alguma vez chegaste a sentir o peso do que transportas? Anseio o dia de não querer sabe lo, de não haver peças queimadas, de não precisar de esconder uma quase ridícula cicatriz... por muito pequena que seja. Anoitecendo, eu viro esta página ao contrário e leio um pouco de sobrevalorização, porque um alvo consciente tem que resistir às intenções frias... Contudo, eu sei aquilo que sou e as incertezas que estão para massacrar, portanto neste momento a palavra viver consiste precisamente em manter me ciente do meu valor e aplica lo na luta contra o que não presta. 

segunda-feira, 5 de março de 2018

Horas perdidas e noites adiadas



Tu és o que me faz adormecer na vida. E sabes, essa inconsciência pago a muito caro ao fim de cada dia. Sinto me como alguém que foi largado a milhas, em parte livre mas apertado, sem direção confortável e com um redor vazio... Aliás, eu começo acreditar que é mais a saudade do que não tive que tem vindo ultimamente a descalçar me ... Embora a força está neste aperto, que não deixa enganar muito sabes, tira me uma dose considerável daquelas que são as minhas capacidades de reagir e já não sei bem em que pensar. Seja isto igualmente muito confuso para ti ou não, podes acreditar que vai mais além da revolta em que me deixas te, passa para lá disso e não é pouco. Pois entre o que devia ser e não ser, foi antes como haveria de ter sido, talvez precisei que fosse assim, titulado de injustiça... O que não quer dizer que o mereça, eu sei disso. Neste momento, estou a conhecer me melhor um pouco também, nas reações que tenho e até mesmo na coragem que tive de ir em frente no que não acreditava mas que queria, com a ideia de que nunca seria ou serei suficientemente bom para alguém... Estou a conhecer me a todos os níveis, até mesmo ao ponto de tentar analisar a minha posição na vida das pessoas que gosto... Depois claro, a perceber este despertar, esta parte de mim que crias te ou acordas te, que até eu mesmo chego a ter receio muitas das vezes.
Custa me viver este sentimento desfeito e desvalorizado, carregado de horas perdidas e noites adiadas. Custa mesmo, ter saudade das expressões que provocam a minha momentânea instabilidade cardíaca... Saudades do tão pouco que já tive, que eu sempre tratei de pintar com as minhas cores.  Por fim, quero deixar claro que eu nunca  te desejei uma má resposta, nem vou querer desejar, é impensável! O que carregas é sincero, está muito apoderado do seu significado... Podes continuar à espera do melhor que te desejei e podes acreditar no que escrevi só para ti!