sábado, 1 de junho de 2013



Queria dizer muitas palavras, que numa velocidade extrema atravessam o meu pensamento. Não há tempo certo para as apanhar. Nascem inesperadamente das coisas mais simples que vejo ao longo dos meus dias, tanto acordado como a dormir. Nascem sem que seja possível sequer aponta-las. Ultimamente a força por viver tem sido mais forte do que a força que me trazia a escrever, a avaliar o meu estado, a procurar um tratamento para mim mesmo. Reparo que o meu melhor tratamento é não procurar tratamento, porque sem dar conta encontro-me em algum lugar a fazer parte de tempos vivos. Percebi, ao longo desta ausência ao meu canto de papel e caneta, que de facto há uma diferença opcional em relação ao que somos obrigados a enfrentar e ao que queremos enfrentar. É possível viver de um jeito diferente, há várias formas de lidar com tudo, mesmo que os pensamentos contraditórios sejam absolutamente os mesmos. Hoje, eu tirei um tempo e depositei toda minha atenção sobre um filme. Espantoso, como ao longo de um aparente conjunto de cenas aborrecidas, eu fui entrando na história. Senti que desliguei um pouco da minha realidade, e identifiquei-me com as palavras, com todas as formas em que seriam ditas essas palavras. A história do filme é basicamente a recuperação de dois corações partidos, que se unem e no fim dão um só... Encaixam-se perfeitamente, como duas peças de um puzzle. De forma a que a ideia de que o acontecimento já estivesse destinado acontecer, seja o imediato pensamento em relação à moralidade da história. Por fim, depois de assistir a esse filme, retirei uma pequena conclusão óbvia mas que mereceu a sua atenção, essa que foi simplesmente a magia com que defini o facto de um amor poder nascer através de outro. No entanto, após este tempo afastado dos meus próprios pensamentos, caí sobre mim novamente, e percebi que ultimamente tenho sido um novo rapaz, mais forte e a viver de um jeito diferente... Não deixo de valorizar o meu todo enorme esforço ao longo de este todo, em parte, perdido tempo, mas o que acontece é que esta mudança vem provavelmente, em culpa de uma amizade que me arrasta para um sitio com mais cor, com dias muito melhores... Importante é que não deixo de a valorizar, nem quero deixar de a valorizar! Quase sempre, a desistência sobe à cabeça de todos, mas a resistência é o nosso poder, e muito feliz fico por ter compreensão de outra pessoa sem que seja necessário tocar no assunto. Muito feliz fico por a presença de alguém especial seja forte o suficiente para conseguir motivar-me a reviver do tal poder, e a sorrir novamente. A companhia é muito importante em todas as fases da nossa vida, tanto na necessidade de partilhar o momento feliz, como na necessidade de desabafar acerca dos recentes menos bons acontecimentos. Nunca é tarde para escrever simples palavras com poder de marcar a vida de alguém, bem ou não, eu vivo de uma necessidade forte em agradecer e valorizar quem me acompanha, quem constrói os meus dias e provoca o meu sorriso. Simplesmente, porque não quero viver um futuro com falta do que hoje evitei, e muito menos chegar ao dia, em que não seja mais possível dizer o que ficou por dizer. Portanto, um obrigado a todas as pessoas que entraram na minha história, não só para marca-la, mas sim para fazer parte dessa mesma ao longo de muito tempo.

2 comentários: