domingo, 16 de março de 2014

Caminhos Distantes



(...)
E assim foi, ela fria corrida pelo vento que soprava forte por entres as árvores. Ela vai, e vai de mente revoltada e revirada do avesso. Perturbada por um excesso de pensamentos queimados de folhas que já arderam, ou que queria que assim fosse. Mais do que isso, por medo do futuro incerto que enfrenta. Por medo dele, de que partisse sem regresso. Assim foi, o vento virou chuva intensa, e ele foi e não sabe mais onde tinha estado. Mais do que uma folha queimada, uma memória que parecia e queria ser evitável! Hoje, o tempo apresenta-se em bom estado, tal como a mente que pertencia ao jovem. Pelo menos, sem aquele ar frio, mais seguro das ideias, menos completo mas mais certo no que tem. O risco demonstra a nossa vontade de viver, mas por vezes o ideal passa apenas por abrandar o ritmo de desenvolvimento. Passa por valorizar mais, não andar em circulo, mas caminhar com as pessoas que estão, apenas. Ele está, não de volta, mas de novo. Para ir e não voltar. Para crescer e vencer, mais, mais na vida. Dar um ponto grande nos enormes tormentos passados. Viver mais dos objectivos. Querer mais do que a estabilidade. Talvez mais um romântico incurável a querer aprender a viver, mesmo quando a cura é inexistente. Até porque a verdade passa por a história da vida de cada um. Cada um com um fim, é certo, mas a minha... bem, a minha tenho a certeza que irá ser a última a ser queimada. 

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Há certas fases na vida que levam a que tentemos criar uma forma de quebrar a rotina como se fizesse parte de um tratamento, para conseguir responder a possíveis sofrimentos e revoltas. Arrisco-me a dizer, uma forma mais fácil de contornar dores.
      O que não implica o adiamento prolongado da minha relação com este meu espaço pessoal, portanto. Nunca morreu.
      Obrigado Catarina :) Espero vir com mais actualizações*

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