quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Revolta

T


Está sempre lá, este meu ar de ir aceitando e não aceitando o que está verticalmente invertido. Acho que ainda não reparei a cem por cento, mas acordei por cima do teto falso do ânimo, ali por algures nas folhas passadas, embora actualizadas. Tiro sempre como rota aquele que não é, mas que no fundo considero um desvio. Nele passo como uma chama, tão cedo entro como saio. Faço este caminho como... Uma... Duas... Três... Quatro escapatórias. Já custa menos. Posso-te relembrar? Não é necessário, ou é desnecessário, para o tempo e para mim. Penso que a negação vem em causa de algum hábito à mistura, talvez seja. Não adianta, sou como uma camisola, sirvo até não aparecer mais nada. Se eventualmente vier uma camisola nova, vou directo para o armário, desfrutar do momento como lixo. No entanto, se a camisola nova estragar, der errado, parecer errado, o armário vai ser aberto e lá estou eu, de novo. DASS. 
Creio que tenho uma qualidade superior, tendo em conta que quando usada resisto e brilho, não estrago, e muito menos vou embora. Cada vez me sinto uma camisola mais moderna, tanto que um dia destes recuso-me a entrar no armário habitual. Sou uma ameaça da ameaça do tempo. Sou ameaçado constantemente a cada passo, pela minha possível revolta e partida, mais uma vez. Sinto que todos os dias cometo uma loucura nova, porque realmente já não quero muito saber, isso preocupa-me. Sinto que lá fora, terei o mundo na mão, para qualquer lado, e que se acontecer, possivelmente terei alguém que deitará uma mão, como realmente deve ser, como devo ter merecido. 

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