segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Madrugadas Recordativas



Duas e meia, e nada seria tão certo se nem um piano nos safasse. Não sei se é maldade quando faço de mim um versátil amigo, divertido, espontâneo, meio perdido. Não sei, confesso que não sei. Estou confuso, para além de acompanhado deste chamado espírito  que talvez seja de meu pertence, inimigo o poderia chamar. De volta para baixo, bem do princípio, até à plantação de uma queda de cubos de gelo pela ravina dramática a baixo, estou eu de volta das origens, das recordações bonitas e não bonitas. Realmente  é incrível como é a música toda a condução, leva-nos de lado para lado em minutos de ouro, bronze e prata. Eu julguei ser um pouco de barulho a salvar as madrugadas recordativas, mas a minha carente alma provou que apenas a suavidade de um piano vira o mundo do avesso e entende os vazios,  os sítios por onde nem a palavra é capaz de chegar. Procuro um pouco de sentido nestes momentos, um pouco de carinho nestes dias. Na verdade, escondi me como um bicho no habitat, como um avião nas nuvens ou um navio no oceano, já mais ninguém sabe quem eu sou e naquilo que penso, no quero e sinto. Nem sempre foi assim, mas também já foi pior,  um mal entendido sempre foi diferente de um livro não lido. 

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