quarta-feira, 26 de novembro de 2014

História




Os dias de cada ser humano, é uma pequena história de grandes bons e maus momentos. Nestas longas horas, conseguimos ser mais versáteis do que realmente achamos que somos. E eu gosto disso, e como jovem rapaz que sou, admiro-o. Gosto de fazer história, de criar história, de poder contar uma história, mas sobretudo de as poder escrever.
Não são dois cacos com um pouco de terra lá dentro que o fazem. O inicio de uma história poder ir para além de um conjunto de horas, mas nunca muito para além dos intervalos que nos marcam a mente. Uma história de verdade inicia na semente, na sua caracterização, do cuidado, do crescimento, do tempo,  principalmente do tempo. Pode ter dois minutos, é certo, mas nunca será assim tão perfeita quanto isso. A meu ver, é mais um conjunto de cenas, desenvolvidas a partir de uma verdadeira junção de momentos marcantes, como um crescimento notável de uma planta, de flores, rosas, folhas, o que seja. Faz me confusão quando vejo um grau de partilha acima do meu, é quase como um combate à privacidade de cada um, que deveria existir. Confesso que chega a incomodar, de facto mistura as direcções com os sentidos, uma vida sem privacidade, uma vida aberta, alheia a uma história dependente e independente nos devidos momentos, tais que deveriam ser inevitavelmente pessoais. Os meus feedback's ao fim de cada dia, fazem-me confusão, fazem-me sentir conduzido por um coração anormal. Dá-me a entender que sou diferente, que tenho um pensamento estranho, uma visão estranha sobre toda gente. Confesso que não sei até que ponto isso me distingue das pessoas, se negativamente, se positivamente. Contudo, creio que o impulso natural da escrita provoca realmente uma inconfundível reanimação. Tem dias em que eu acho que aqui, de papel e caneta, está tudo certo. Tem dias em que eu acho certo publicar e partilhar com as pessoas. Tem outros dias em que eu respiro os contra-factos, e acho que deveria guardar tudo na minha capa de elásticos. Tem outros ainda, que eu nem sei bem o que faço, se faço certo, se faço errado. Na verdade, quem quer saber? Já nem o ninguém.

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