quarta-feira, 27 de março de 2013


E está sempre lá, bem no fundo, bem no interior, a voz... Aquela voz... Aquele grito de saudade no silêncio. A raiva da separação das duas linhas de ferro, também das mudanças de direcção e de sentido das mesmas.   O afastar do brilho e ritmos de toque especial, as escuras nuvens sobre os locais permanentemente marcados, que mesmo bem escuros e húmidos, a tendência de sentar sobre eles e relembrar dias passados é quase uma certeza. Um pequeno sentir do bater da chuva sobre os ombros, chuva fria e ao mesmo tempo quase despercebida, quase nem visível ou provavelmente apenas uma comparação real de outra linha que escorre pela mais suave capa do rosto. Este é  o real e presente mundo de alguém que perdeu um pedaço de si pelo caminho e que vive da sua inexistência fazendo de um lugar marcante uma visita ao passado ...

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